agora eu entendo o uísque

>> segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Estou às portas do inverno no norte da península ibérica, o termômetro marca 8 graus. À minha cabeça vêm milhares de ideias mirabolantes, epifanias, a solução de todos os problemas do mundo... só tenho que sentar em frente ao computador e escrever para divulgar a boa nova, mas, puta que o pariu, oito graus, uma da manhã, meus dedos estão congelando... O texto sensacional fica pra amanhã.

Chega amanhã, não vale a pena sair da cama antes do meio dia - Jesus, tá frio! Saio da cama, arrumo os lençóis que vou desarrumar de novo em doze horas, e penso em preparar algo pra comer. Passo horas na cozinha, descobrindo o prazer de cozinhar - quando dá certo - e saboreando o fruto do meu próprio esforço. 

Cai a tarde, chega a noite, leio as notícias do público, do g1 e do correio. Hm, já é hora de comer de novo, e de tomar chá, que, quando bem quentinho, faz tudo parecer melhor. Espero por elas, as ideias. Mas elas tardam a chegar. Vão chegando aos poucos, e se fazem de complexas: exigem muitos parágrafos para se explicar, e querem subordinadas, ou elipses, ou sintaxe de exceção para que se deixem expor. E pra quem? E pra quê? 

Nem, estou às portas do inverno no norte da península ibérica, o termômetro marca 8 graus. O texto sensacional fica pra amanhã.

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