Epifania

>> quinta-feira, 11 de julho de 2013



A imagem de um amigo é adequada: estamos (me sinto) em um grande lago. Sem correnteza, sem ondas, sem quedas. Parada, sob o sol, sinto cada dor latejando. Cada desejo pulsando. Sinto tudo. Me debato na esperança de que o movimento me distraia da dor, mas não há para onde ir: nado em círculos e, cansada, paro de novo, sentindo mais pungentemente a dor de antes.

Essa água é terapêutica, mas a longo prazo. O esforço é da mente. É ela que tem que desatar, um a um, os nós do meu entendimento. Penso. Penso. Penso. Sinto. Respiro e penso. Encontro a solução para o diagnóstico de carência, solidão, ansiedade: tempo. Resistência. Fortaleza. 

Crescer dói. Ouço o romper do casulo, da casca da semente. A carência passa, a solidão passa, a ansiedade e angústia também.

Estou pronta. O destino pode abrir a represa.

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