Quando o amigo do Príncipe Encantado é mais legal

>> terça-feira, 31 de maio de 2011

De repente, gostar já não diz tudo. É preciso amar, apaixonar-se, entregar-se por inteiro a um sentimento que devora e consome. De repente, somos adolescentes.
Mas, pra falar das paixões arrebatadoras da adolescência, trouxe a história de uma que começou com um triângulo amoroso e, bem... é melhor deixar a própria @VampiraPandini contar:

***
Ah, a adolescência. Uma época maravilhosa de descobrimentos, alegrias, tristezas e muitas burradas. Explosões de hormônios e querer provar do mundo de tudo em pouco tempo acaba fazendo com que a gente se meta em muito mais encrencas do que acertos.
Nessa história eu cometi um erro que faz jus ao ditado "Deus escreve certo por linhas tortas" Depois de um longo namoro de 3 anos pela internet (dos 13 aos 16), onde eu só via meu namorado de 6 em 6 meses (quando muito!) e ainda assim era muito inocente, resolvi conhecer novas pessoas e, quem sabe, conseguir meu príncipe encantado. Eu fui em um desses eventos de desenho animado japonês e conheci duas pessoas na fila para a compra do ingresso, um loiro e um negro de cabelos cacheados. Um deles, o de cabelos cacheados, me chamou para ir ao cinema e eu, sem nenhum juízo na cabeça, aceitei.
Depois de sair com eles, reparo que o Loiro (sempre o menino loiro), estava me dando uma atenção redobrada e pediu pra sair novamente. Eu, obviamente no meu juízo, aceitei de novo! XD Então reparo que estamos ficando e, ah, ele era mó gatinho mesmo! Achei que não ia dar problemas futuros e que meu príncipe seria como num conto de fadas.
Mas claro que na vida nem tudo é fácil assim. Em menos de 4 meses de namoro, descubro que o Loiro vai ter que se mudar e não havia nada que podíamos fazer. Resolvemos continuar o namoro (erro 1) e tentar por distância (eu já falei que isso foi meu maior erro?). E claro, eu continuei a vida. Mas então, saindo com os amigos dele, reparo mais do que queria, ou deveria, naquele negro (lembram dele? O que me chamou pra ir ao cinema?) com seus cabelos bem curtinhos sem deixar os cachos a mostra e que dançava BEM PRA CARAMBA NA MÁQUINA DE PUMP.

Reparei que meu coração batia mais forte e que eu estava para fazer uma besteira. E, pra piorar, ele não deixou passar isso e resolveu ficar comigo! E como se não bastasse isso ele acabou se mostrando todo romântico, vinha me pegar no colégio, trazia presentes, se ajoelhava falando que me amava. Eu vi que não resistia mais e resolvi acabar com o Loiro. Claro que não foi nada fácil para nenhum dos envolvidos (especialmente o Loiro que estava sozinho numa cidade do interior de Minas Gerais). Eu mesma fiquei confusa vários dias me perguntando se eu tinha agido corretamente ou se era só mais uma vontade passageira de ficar com alguém.
Bem, após OITO anos juntos com meu cavaleiro negro de cabelos cacheados acho que realmente fiz a escolha certa. 
Ah, o Loiro? Bom, depois de quase um ano do ocorrido, passamos a nos falar novamente. E não é que descobri nele um amigo em quem confiar? Hoje em dia nós conversamos sobre tudo e ajudamos um ao outro! Sei que é muito difícil manter contato com o ex, mas acabou que o transformei num grande amigo. Lições que eu tiro disso:
*Eu gosto mais de caras que sabem dançar.
**Não guarde mágoas e aprenda a superar.
***Se você quer conquistar uma meninas, o clássico sempre funciona.

***
Que história bonitinha! Mas como vocês já devem ter percebido, eu não gosto só do lado bonitinho das coisas.
Primeiro, namorar três anos à distância é se apaixonar por uma promessa, por um ideal. O amor adolescente vive de toque, de cheiro, de sensação, é verdade, mais pode sobreviver muito tempo de lembrança (quando o outro estava aqui) e de expectativa (quando o outro vai estar aqui). Esse amor vive de imagens - do passado ou do futuro - e tem a seu favor a vantagem de não ser enfraquecido pelo desgaste da convivência. É o amor da Princesa que tem UMA noite linda com o Príncipe e vive na lembrança dela e na expectativa da próxima que, acredita, será tão linda quanto a primeira. (aí eles se casam e vem o cotidiano e acaba com o conto de fadas).
Mas nossa amiga Michele não caiu nessa e foi procurar algo mais real.
Acabou se envolvendo num triângulo amoroso - que, se fosse num romance ou numa tragédia teria terminado invariavelmente em traição e morte - mas no caso dela ninguém morreu. Mas foi traído. (Que o diga o loirinho que perdeu a namorada e o amigo, fura-olho, diga-se de passagem, de uma só vez)
Mas, afinal, quando os dois amigos se interessam ao mesmo tempo pela mesma pessoa, como resolver? Tirando a sorte no palitinho?
Essa pergunta me lembra uma série de outras histórias juvenis!
Aguardem cenas do próximo capítulo!
Mas já podemos adiantar que, no caso da nossa amiga Michele que está há oito anos com seu Cavaleiro, o loirinho foi só um erro de percurso. Ele deve ter trapaceado no palitinho.

1 comentários:

Michele Pandini 31 de maio de 2011 às 12:40  

HUAHUAHU! Adorei o trapacear nos palitinhos! Ah, mas todo mundo pode errar na vida, vai! XD

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